quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Todo o futebol que há em mim (I)

Declaração de princípios: eu não percebo nada de futebol. Vá lá, para a média feminina, até que não está mau: sei o que é um fora de jogo, ponta de lança, defesa, guarda-redes, árbitro, canto, falta, livre, penalty, finta, baile, show de bola, golo, frango, "bola à trave", cartões amarelo e vermelho; quando o treinador está enraivecido e porquê; quem são os treinadores e tal; que se os jogadores fizerem muita fita pode ser que não tenha sido realmente falta; que há jogadores que fazem a depilação; quais os mais conhecidos e mais jeitosos; consigo já reconhecer as pernas do Hulk das dos outros jogadores; quem joga em casa e quem não joga; quem está a ganhar no marcador; que a primeira e a segunda partes têm 45 minutos, cada, mas às vezes, podem ter mais uns minutinhos, dependendo da arbitragem e da massa que se passou no envelope chinês; que o futebol é uma grande máfia; que há crime e castigo; que é tema que junta a malta tanto numa colectiva solidariedade, como na mais feroz das pelejas chutadas a verborreia; que os isqueiros, afinal, não servem apenas para dar luz, mas para fazer pontaria aos jogadores em campo; e que o futebol é um jogo de partes baixas, não fosse a imagem mais recorrente a dos jogadores agarrados aos tomates...

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