sexta-feira, setembro 30, 2011

That's the way, hahaha, I like it, hahaha!!!

September 2011 begun with soundscapes and visual remembrances at night. The streets of Washington D.C. are full of vivid and bright human colors where sounds are just a little part of the richness that fuel the energy of the north american capital. This big band session, near Dupont Circle metro station, is just a small example of how life can be so tender and yet so contagious. Enjoy it! That's the way, hahaha, I like it, haha...

Sobre a ditadura na Madeira

Esta prosa que se segue não foi gravada, publicada, anteriormente, mas pode facilmente ser confirmada e verificada por vários moradores da ilha da Madeira, ainda que em off the record, para consumo pessoal e transmissível, sendo esse o caso. O buraco das contas públicas, do governo do senhor que faz da política um ofício de jardinagem elementar (cultivando plantas ornamentais e ocupando-se da sua manutenção), não é nada de novo; nada de que não suspeitássemos, mas faltou-nos tomates de ferro para investigar e reivindicar direitos fundamentais. 

Melhor, falta-nos um organismo de transparência das contas públicas de uma certa e tão propalada democracia. Países tão jovens na arte da igualdade política, como o Brasil (onde as estatísticas de corrupção passiva e activa são uma espécie de pão nosso de cada dia; e às vezes pão amassado pelo diabo) têm um organismo independente que se chama Agência Transparência Brasil para fuçar o que andam os milhares de políticos brasileiros a fazer com dinheiro público. Ali, podemos monitorar o dinheiro que sai, como é gasto, quando, onde, como. Até os cartões individuais concedidos pela União são rastreados.

O ano passado precisei de saber das contas públicas de um certo cônsul/diplomata e o Ministério dos Negócios Estrangeiros negou-me peremptoriamente o acesso a essa informação. Apelei ao direito de saber o que se passa com erário público e até hoje estou à espera de uma resposta. Troquei de continente e deixei, mea culpa, o caso adormecer à espera de melhor dias, outro fôlego e outra garra e um motivo para levantar de novo o vespeiro. Parece, também, que não é nada de novo, embora até hoje nenhum meio o tenha conseguido provar, por falta, claro, de acesso, ao relatório de orçamento ministerial. 

A segunda premissa na arte de Jardinagem, plagiada por outros autarcas com menor ou maior leviandade, é o cultivo do silêncio, do medo, e da mordaça. 

O ano passado, M., madeirense, crítica compulsiva do governo do senhor mascarado de Vasco da Gama no último Carnaval, falou-me da cultura da mordaça dos seus conterrâneos, quando ele/ela se lembra de se indignar e pedir quase uma subscrição oral que legitime que ela/ele não estão com os fusíveis queimados e que aquilo que ao redor se passa, na ilha, é nada mais nem menos do que um exercício de autocracia legitimado em escrutínio pelos próprios madeirenses. 

No café, não fales alto rapariga que alguém pode ouvir-te. Na rua, não digas isso mulher que eles andam aí. Em casa, não digas tal coisa que algum vizinho pode ouvir-te e fazer queixa. Ela bem alto fala, diz que já foi prejudicada no local de trabalho, diz que há pressão diária, diz que há uma ditadura silenciosa que se vive na Madeira. E que ninguém fala. E que muitos têm medo, porque o meio é pequeno. 

Nós já vimos este filme, ainda não era eu nascida, bem o sei. Mas muito ouvi a minha avó contar das reuniões do PC em que o meu avô participava, antes do 25 de Abril. A minha avó tinha medo e pedia para ele se calar. A minha avó tinha medo do que fizeram ao Silva, o vizinho, que saiu para a rua um dia para distribuir um pasquim do movimento e nunca mais nada se soube dele. A minha avó tinha medo, mas nessa altura vivia-se uma ditadura, com quase cinco décadas de património inculcado. De mordaça e lápis azul. De tortura e lavagem cerebral. De homícios e domesticação das massas. Na Madeira de hoje, que eu saiba, vive-se o XIX Governo Constitucional. Vive-se?

* # [3] America Snapshot: King Kong


É romântico e sempre esperei pela oportunidade certa de o dizer: “meet me on the top of the empire state building”. Usei o pretérito na espera, porque ainda não aconteceu. Mas houve King Kong e o momento foi nada dado a romantismos.
Veio a primeira espera, quem sabe para testar as minhas reais intenções em provar o direito ao dote, qual marido prometido esmerado - moço das mais abastadas famílias-, de que também sou dotada de vontades românticas. Toda ela uma fila para começar a desembolsar. $ 21 para um encontro a centenas e furar entre cabeças, braços, troncos e pernas para me sair uma Manhattan 360 graus recortada pelo arame ao redor do topo do Empire State Building.
A segunda espera seria mais calculista: um raio X ao corpo e à minha pesada bolsa; e um piropo. O inesperado ainda pode acontecer, mesmo quando tudo parece premeditado e organizado. 
  • Are you with him?
O careca da frente ainda hesitou.
  • No, I'm alone.
  • Hum, can't believe my lady. You're never alone with that eyes. Sure you don't want my cell phone number?
  • Thanks, I still have a date with Mr. King Kong on the top of the Empire State Building.
A terceira espera: o elevador. Primeiro andar, quinto, décimo, vigésimo, sexagésimo, ufa, centésimo e em vez de outra espera, para outro elevador, subimos mais uns quantos, com mezzanino, testando a forma física e enganando a arte de arfar com estilo. É que tudo parece mais fácil para Cary Grant e Deborah Kerr (no filme *An affair to remember, em inglês - O Grande Amor da minha vida, em português), ainda que 1957 esteja um pouco distante e naquele tempo não houvesse ginásios para treinar.



E quando sonhamos com esse momento a solo, com o horizonte da cidade Empire State, eis que se nos invade este espectro colossal de gente apressada de câmara na mão, vídeos, fotos a dois, a quatro, ao redor, dominando, em monopólio anárquico os cantos ao redor, despindo o romantismo deste Estado do Império. Precisamos ganhar fôlego, manha e um amor incondicional para não hesitar em dar meia volta e volver. 



Mas o adeus às armas não é assim dado de mão beijada a quem ainda não sentiu o bafo cá de cima que a cidade pode ter. A quem ainda não sentiu o abraço apertado que a cidade do topo, em ângulo inteiro a fazer círculo perfeito, para encerrar equívocos, pode dar. A custo e paciência, até porque o vento começa a roçar a pele desprotegida, e delicada perserverança, lá encostamos devagarinho, até que alguém ceda, porque se cansa da paisagem, do vento, do burburinho e da vertigem de quem olha insistentemente em plano picado para o fosso de mais de cem andares, lá para baixo é todo um pique, e para o horizonte que apetece tocar como se perto estivesse, deixando o banho de verdade da colossal distância contar a história pragmática do que daqui se vê. 







Vê-se o rio Hudson, vê-se onde estavam as torres gémeas, vê-se Staten Island, vê-se a senhora de verde (green lady), vê-se o ferry a atravessar rio, vê-se a cidade que chora, a que ri, a eufórica, cidade de manto cinzento, as pontes, vê-se o picotado dos prédios, saídos a três dimensões de uma maquete gigante, feita de leggos de dimensão supra-humana. 

Vê-se o verde, um pedaço da História de Nova-Iorque. Vê-se o capitalismo, a cobiça, os néons. Vê-se os cheiros, os pilares urbanos, as vidas que pululam de rua em rua, as vidas que não se cruzam, as gentes que não se conhecem. Vê-se a cara do anonimato sem se verem. Vê-se a paz da linha que paira no nosso olhar do alto e o céu é isto porque estamos a tocá-lo. Afinal, hoje, não é este o arranha-céus maior da cidade de Nova-Iorque? Havemos, por isso, de estar a tocar o céu. Outra espécie de voo, outra espécie de levitação, outra forma de equilibrismo na realidade virtual que o cimento pode ter.

Vemos tudo isto. E por mais uma hora que ainda aqui chegamos, veremos muito mais e o ângulo ao redor, apercebendo-nos de que muitos marcaram encontro romântico no topo do Empire State Building, para este dia.

Em rigor, vemos como os poros da cidade e como ela sua. Em rigor, do topo dissecamos parte da metrópole. Em rigor, apesar de ele ser gigante, só não vemos King Kong. Talvez durma, seja demasiado cedo ou tarde, ou apenas não goste de visitas turísticas. Na pior das hipóteses, talvez se tenha cansado da vista. Por via das dúvidas, trouxe-o comigo, enrolado num tubo de papel, em imagem-cinema.


* versão corrigida com o nome do filme original, ora pois! Obrigada M.V.

#Som da Semana, sim é este, e tem 30 anos





Enquanto as bolachas Maria eram molhadas no leite achocolatado, sabor Nesquik, à revelia dos progenitores, outra bolacha, single, tocava no gira-discos. Mais uma vez, por favor. Até ninguém mais aguentar e nós esperarmos pelo dia seguinte. Éramos fãs do kitsch, mas estamos absolvidos pela infância feliz. No ano em que isto estreava eu nascia; e anos depois o kitsch nos ouvidos era melodia de embalar a tarde. Poderíamos ser heróis e, também, assim, um dia quis ser moscãoteira...

D' artacão e os 3 Moscãoteiros by vanessar

quinta-feira, setembro 29, 2011

#[2] America snapshot: Starbucks saves, mas com whistle tudo teria sido diferente

vanessa rodrigues

Times Square à uma da tarde é o horror dos amantes do zen budismo. À tarde será pesadelo. À noite, não há camisa de forças que acalme a alma mais tranquila, pois estará, sem sombra de dúvida, a ansiar por um tranquilizante, nem que seja o beijo postiço da cowgirl de mamas pequenas e saias curtas, à procura de um níquel para a bota, na praça.

Ao invés: a rua mais iluminada de Nova-Iorque é o delírio do mundo da modernidade líquida; da euforia do pós-pop, neo-pós-modernismo; a quinta vaga; Saravá ao Andy Warhol que nos faz ansiar por 15, uns 15 minutinhos de ribalta. E ficará sempre bem dizer que tudo isto é um admirável mundo novo, para quem nunca viu nada semelhante. A luz piscante, vestida de anúncios high tech a imitar tijolo, painéis gigantes. O futuro é agora e está na praça Times.

A cow girl já nem repara, porque tem a percepção viciada. Quando as coisas nos são demasiado próximas e familiares, ficamos como que cegos ao redor, porque tudo é demasiadamente comum e entranhado.

E há profissões mais difíceis, convenhamos, embora esta não tenha parecido, razoavelmente fácil, ainda que ela sempre possa poupar no uniforme. Mas sempre tem a incoveniência de beijar homens bafo-de-onça por um dólar. Dizem as más línguas que a moça faz uma pequena fortuna diária. Dizem. Não tive tempo de averiguar (falhei no artifício da verification) e, à uma da tarde, não imaginava sequer que pudesse vir a exercitar a técnica do zen budismo para encontrar alguma coerência.

A Sofia arranjou um mapa. O Victor entretêve-se a fotografar. Minutos depois cada um para a sua coordenada e a Ana, a minha anfitriã inexcedível, já estava à minha espera.

vanessa rodrigues
Primeira descida aos infernos, linha vermelha, linha expresso, rua 95, sair à esquerda, atravessar, depois do semáforo verde, procurar o número e voilá, em menos de 15 minutos estava à porta de casa. As escadas de emergência a ilustrar o cliché das casas de Manhattan. A cor de tijolo escuro a pincelar a palete; um azul-technicolor maravilhoso, apenas três escadas até à porta e: então? Cadê a campaínha? Olho, investigo, explora com afincado esmero national geographic e nada. O prédio, pois parecia, estava desprovido de tecnologia sonora para avisar quem nos espera que chegamos. E olho para cima. E olho ao redor. E tento telefonar do telemóvel português, mas por alguma razão, ainda não estou familiar com a técnica. E sento-me. E espero. E ocorre-me: uma cabine telefónica. Conhecer, por isso, o redor à força, com o empurrão das circunstâncias. Ao virar da segunda esquina: uma espécie de salvação de emergência: a loja de conveniência, e $ 5 por um cartão telefónico. Na outra esquina, a cabine. Dial 1, Dial 2, Dial 2. Forget it! Nada. Algo acontece. E não é para dar certo.

Segunda eureka em 5 minutos: se houver Starbucks por perto, pode ser que ela veja o e-mail. Acontecesse isto diad depois e a Ana não teria mesmo acesso aos e-mails, nem net, apenas um quid pro quo entre ela e a superintendente. Amigas para sempre!
Vem a primeira starbucks e faço aquela figura típica da comunicação não verbal que a maioria faz se não estiver sentada espetada a olhar para um computador: estou em pé com o meu iphone à procura de wireless gratuita para ver os e-mails e avisar a Ana de que já cheguei. Nisto passou meia hora. Mensagem enviada. Mensagem recebida. Missão cumprida. Tivesse eu Whistle e o mundo teria sido mais fácil nesse dia. Ainda assim, teremos sempre Starbucks...uma espécie de kit de emergência wi-fi. God save the wi-fi, then!

quarta-feira, setembro 28, 2011

#[1] America snapshot: passageiros clandestinos, linha vermelha

Desci ao inferno, sem passar pelo purgatório. A vertigem é escada abaixo, ligação directa. Para percorrê-lo, norte a sul, este a oeste, odor a odor, basta um cálculo rápido pela linha vermelha: linha 1 para peregrinar pelas capelas locais; 2 e 3 para visita de médico, em condição expresso, numa amostra antropológica do que pode ser o subway nova-iorquino (o infra-mundo do underground é figurativo justo): uma micro-família que muda em cada paragem, itinerante; uma congregação de passageiros clandestinos, por entre as veias tenebrosas e escuras de Gotham City, Nova-Iorque. 


E de tudo isto depende para sobreviver, como quem procura oxigénio no ar rarefeito para existir. O resto, demasiado, são canais complementares, tentáculos citadinos de mobilidade garantida: amarelo-Queens-Brooklyn, roxo comboio 7- Queens até ao “runs” dos Mets; Azul: do centro-praia-ilhas ao redor; laranja-meio pelo fluxo urbano; cinzento na horizontal-régua da metrópole; castanho larga em downtown a oeste, passando Cypress Hills, subúrbios, até Jamaica Center – não sabemos muito bem o que é; e verdes linhas - e isto não é o Central Park, nem o Strawberry Fields forever - o claro como remendo entre amarelo, castanho, rox, azul e laranja; o escuro: uma espécie de bombear cardíaco para que a vermelha não se acabe.







Daqui, das entranhas, que é a verdadeira ruptura com qualquer dos mundos, vemos o mundo num guisado, como se descêssemos ao Hades.

A rapariga de véu e headphones por cima dele, com a música em alta fidelidade de pano abafado; loira em maquilhagem expresso entre duas estações; o homem de chinelos como se o espreitássemos pela porta da frente de casa, enquanto lê o jornal, de roupão, na poltrona da sala; as discussões conjugais entre casais homo; a refeição fast-food da rapariga de rosa-fucshia, enquanto tecla o telemóvel da moda; os humores, frustrações, olhos cansados e pesados de madrasta vida; a felicidade de um bouquet nas mãos, a indiferença plasmada, enquanto que por cima o cartaz: “Sustainable Happiness".

Há ainda um texto atrasado que se tecla no laptop sobre uma tese de dinâmica de corpos, entre Times Square e a rua 72. Tantos electrões e protões que hão-de ser física quântica.

E, depois, no metro, afinal, pode-se ser feliz sete dias por semana. “Ask me how”.

O princípio: desci ao inferno na rua mais “diabólica” de NYC. 


Os néons vermelhos, rosas, laranjas, brancos, roxos, azuis. Há esta invasão (de propriedade) visual. Há esta overdose polifónica. Há esta humanidade num caldeirão com o diabo a esfregar as mãos em fiesta; 24hour party-people


E o diabo deve ser deus da meteorologia. 


É que NYC nunca se acaba numa temperatura, com nós pela avanlanche térmica: há sempre quatro pontos no termómetro na cidade insone. A da rua, a do metro (42 graus é eufemismo), a da carruagem, lá dentro, (glaciar é eufemismo) e a nossa: do corpo, da alma. Depende do que nos apoquenta: gela ou ferve. Às vezes também deixamos as coisas em banho Maria.

E deixar as coisas em banho Maria é viver um pouco menos. Se o fizermos no metro, é como se tivéssemos outra vida. E, aí, está tudo certo. Podemos ser anónimos de passagem, ter uma vida de passagem, quotidiana, pensar o que quisermos porque ninguém nos conhece: pedir dinheiro, ser depravados, obscenos, passar cartões sado-masoquistas e marcar encontros, chorar, rir, saltar, dormir, comer, fornicar, roçar corpo-no-corpo, ler, invejar, amar, seduzir, ansiar, observar. 


A tudo isto saímos impunes, porque todos somos passageiros clandestinos com uma família provisória. É a meia medida da nossa vida, um intermezzo para a redenção, para ser feliz, sete dias por semana. 


É que descer aos infernos do metro de Nova-Iorque pode ser absolutamente isto: um purgatório por $ 2,25, pelo ritmo cardíaco da cidade anónima, da identidade invisível. A vertigem: é entrar em nós, para de lá sair. Ter várias vidas, na anatomia urbana. Next stop is...

terça-feira, setembro 27, 2011

#[demo version] America snapshot: Jet Lag

vanessa rodrigues, 2011
Começo pelo fim para falar do princípio. Embora o término de uma viagem não seja necessariamente o ponto final, mas dois pontos para o fôlego que aí vem. Ainda que, por estes dias, haja pouco dele, encalhado numa crónica sonolência com horários trocados, como se os ponteiros do relógio andassem numa orgia surrealista, talvez a mesma da tela de Dali, espetada na parede do MomA, numa convicta, mas liquefeita, persistência temporal.

Às onze da noite o relógio biológico teima em dizer que ainda são seis tarde e que não entende por que razão não há rua ao redor cheia de neóns e vida, mas antes uma luz esmaecida, persianas tiranas recolhidas, almofada sedutora, vestida na sua melhor lingerie, lençóis a sussurrar um "revolve-me"; e a pacatez de noite de quem pôs o disco nocturno: um eco de silêncio, interrompido por passos atrasados, e gatos entre folhas a apressarem-se para ficar pardos, em íntima cumplicidade com os candeeiros de ténue luz. 

Há, portanto, esta contraditória vivência interior (que parece um enxerto de porrada) a que os entendidos chamam dessincronia, ou, ainda mais chique, uma alteração do ritmo circadiano: Jet lag. 

Tenho, pois, de convencer, agora, o relógio cerebral, conversar "tu-cá-tu-lá", com muito jeitinho, com o núcleo supraquiasmático, abrindo a porta do hipotálomo, pé-ante-pé, sem incomodar as vizinhas glândulas pituitárias. 

Basicamente, sintonizar a antena desta casa. 

Por ora, nota-se algumas interferências e um "clac" baixinho, como agulha a deslizar em vinyl. Agora que reflicto sobre isto - e na possibilidade de este fim se tornar o início de uma série de crónicas sobre um mês nos EUA - ocorre-me que, de facto, isto não é nada de novo, já que a caminhada tem sido uma lenta e diária sintonização de frequências de tempo, horários, vidas, sincronias e dessincronias. Algumas disfuncionais. É, a minha vida cabe num Jet Lag; em geografia-atlas.

Regressada à pátria, depois do retiro de Body and Soul


segunda-feira, setembro 19, 2011

E parece que foi assim no Tinha Paixão...

Obrigada aos que lá também estiveram por mim, apoiando, mesmo ausente, e que estão sempre perto na geografia dos afectos, mesmo comigo longe na geografia do mundo...
Obrigada Patrícia Lino.

A Paixão saiu à rua num fim de tarde assim, por VANESSA RODRIGUES. from tinhapaixao on Vimeo.