quinta-feira, julho 27, 2006

Ar seco sobre Sampa

O ar seco tomou conta de Sampa. Há dias que o ar bafiento, poluído, amargo e demasiadamente compacto se alojou na cidade industrializada; e do eufemismo dos contrastes. Efeito de estufa? Frente quente da América Latina! Justificações meteorológicas que enganam o óbvio. A poeira levanta. As árvores definham. Sobrevivem as cansadas folhas, suspensas em galhos sujos. E o barulho surdo dos passos alérgicos entre os movimentos pessoais. É Inverno. O sol brilha cinzento, sob uma pressão cálida de trinta graus. É Inverno por cá. E o vento não se sente. A chuva já não cai. O frio pereceu. E não seria normal um ciclo menos árido?

sexta-feira, julho 21, 2006

© Vanessa Rodrigues

segunda-feira, julho 17, 2006

Sobre Sampa; e as pequenas coisas

Não é só uma cidade fria em busca de identidade. É um lugar de rostos esquecidos. De humanidade subjugada às leis do cinzento das palavras. Ao som da discriminatória disputa dos cantos comerciais. Do nada e da perdida esquina que sussurra rasgos e rugas penetradas pela cidade que se expandiu sem rumo. Nem caminho. Nem certezas dos rostos diversos que se espalham nus na calçada. É um lugar de desafio. De procura de humanidade. De calor. Do fervilhar das relações sinceras e ansiosas de olhares. De rejeição. De indiferença e injustiça. De desgaste. Ou apenas revolta!Recusa!


© Vanessa Rodrigues

© Vanessa Rodrigues

© Vanessa Rodrigues

© Vanessa Rodrigues

© Vanessa Rodrigues

quinta-feira, julho 13, 2006

© Vanessa Rodrigues

© Vanessa Rodrigues

© Vanessa Rodrigues

© Vanessa Rodrigues

© Vanessa Rodrigues

sexta-feira, julho 07, 2006

© Vanessa Rodrigues

Crime e apologia política

É contexto enraizado. Conjuntura do país. Estrutura social dependente de inúmeras variáveis interligadas que não se resolvem. Levará gerações a resolver-se, possivelmente; isso se alguma vez for possível ultrapassar o problema.
O Primeiro Comando da Capital (PCC), a facção criminosa que, em Maio, lançou o pânico sobre Sampa, já recomeçou a "campanha política". O recrutamento é uma das características deste gang do Estado de São Paulo, com suspeita de ligações ao Comando Vermelho do Rio de Janeiro. Hoje, a Folha de São Paulo informa que o PCC pretendia entregar cerca de 120 mil panfletos políticos. Entretanto, ontem, alguns repórteres da Folha, enquanto viajavam de autocarro, receberam os primeiros panfletos de uma série de milhares. O documento critica o PSDB e a liderança política.
Ainda esta semana, a imprensa somou também notícias sobre as movimentações do PCC, fora e dentro dos estabelecimentos prisionais. Desde represálias em esquadras de polícia, a angariação de dinheiro e novos membros para a facção, que ameaça brevemente, ter voz política no seio do cenário parlamentar brasileiro.
Certa vez, em conversa com o político Fernando Salla, do Núcleo de Estudos de Violência da Universidade de São Paulo - a propósito de uma reportagem de "Funk"- ele dizia que [o PCC] é uma facção com aspirações de liderança política. E o que aconteceu anteontem[15 de Maio] foi o estopim de reivindicações não atendidas. O gang é ele próprio um partido não reconhecido".

sábado, julho 01, 2006

Bonito fora de horas

© Vanessa Rodrigues

© Vanessa Rodrigues

© Vanessa Rodrigues