sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Caprichos...em português do Brasil

“Caramba! Tem cara que tem cada luxo. Meu! Você não acredita! Uma vez tive um cliente que eu peguei aqui em Jardins que sentou aqui do lado. E disse – ah! Eu vou lá no aeroporto de Congonhas! O cara tava de shorts e camiseta de uma marca famosa, aí! Virou para mim e falou assim: - Sabe o que estou indo fazer lá no aeroporto? Eu falei - não! Tou indo engraxar sapato. E não era um par, era um montão deles! Pode? O cara pega o táxi para ir engraxar sapato no aeroporto? Impressionante!
Tem um restaurante lá no Itaim que só a garrafa custa 20 mil reais! 20 mil reais, você tem noção? Contam que o cara passou o cartão, assim oh. (Slap, slap...simula o cartão a passar na máquina....)... Impressionante!
As coisas não são caras, nós é que não temos muito dinheiro, né? (Guina o carro para virar a esquina. Sorri pelo retrovisor... subtil. Olha o céu! Olha em frente. Pára o carro!).
- Eu vi na televisão que tem um padre que mandou fazer na capela, onde mora, televisão, celular, tudo. Debaixo da capela. Quando ele morrer ele quer ficar ali!
Aí, é? Que louco! Quer ficar ali porque morou ali. Não é uma coisa meio besta?
Tô vendo porque tenho um conhecido nosso que está fazendo um programa. Aquele o “Balança”! E estas casas aqui. Tem cada uma! Mas não fica muito caro não. Tem prédio lá em Perdizes bem mais caro. É que quem tem muito dinheiro não quer morar aqui, porque não tem proteção, segurança, sei lá!
É, mas você vê a diferença. Tá vendo aquela cerca ali? É elétrica! Muro alto, pr´a ninguém passar!
- E você? Se tivesse muito dinheiro o que você faria? Um capricho destes?
- Não! Deixaria de trabalhar sábado e domingo. Com minha mulher. Se eu pudesse não trabalhava de sábado e domingo mais. Tirava para descansar! E sexta, também, vai!
Você trabalha de sábado e domingo?
-Oh! Tem vezes que trabalho sim! Não tem jeito!”

sábado, fevereiro 23, 2008

Já mandei beijos com sabor a canela. Com cheiro às frutas mais exóticas que se possa imaginar - a palavra exotismo parece até ensaio eufémico; beijos doces; recheados de sorrisos; cheiro a bolacha [a miúda é mesmo esquisita, como diriam alguns- não, não é esquisita é estranha mesmo, não era assim?]; hum... deixa ver: com textura de pele de bebé; com a serenidade da natureza; com suspiros de encantamento; apaixonados; de prazer; com o som do instrumento predilecto...enfim... Terei dado...[enviado?] estes e muitos mais. Mas este é, sem dúvida, o meu favorito: mandei um beijo frame a frame... Pode até ser uma valente palhaçada, mas na verdade vocês já imaginaram o que seria dar um beijo assim? Divinal!

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Por falar em Fidel!

-"Então não soubeste? O Fidel Castro renunciou!Não me digas que não sabias?"
Não, perdão! Passei 15 horas em trânsito, 12 delas a cruzar o Atlântico. E lá em cima, ainda não temos as notícias dos últimos milésimos de segundo. E já não é a primeira vez que perco um "grande acontecimento" por estar encafuada numa cápsula qualquer que me leva para outra geografia. Cá fica a redenção desse pecado grave do mundo pós-histórico - como diria Vilem Fusser - que é estar desinformada do mundo, nem que seja pela impossibilidade de comunicação. Sugiro a retrospectiva fotográfica da Agência Magnum sobre o ex-líder cubano. Como esta do Henri-Cartier Bresson:



E por falar em Magnum. Há gente com sorte! A Caixa Cultural, em São Paulo, Brasil, inaugura hoje uma retrospectiva sobre a agência fotográfica, numa viagem de quem anda há 60 anos a olhar o mundo com olhos de ver...e sentir. Ah! E claro! A sortuda sou eu que sábado passo por lá!
Fica aqui o exemplo de um dos meus fotógrafos de eleição. O brasileiro Miguel Rio Branco.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

terça-feira, fevereiro 12, 2008

La Pedrera






Curvas sinuosas que deixam a vertigem de perto. Formas fantasmagóricas que se liquefazem como manteiga. "La Pedrera" é um dos muitos projectos de Antoni Gaudí, que habitam Barcelona, construído entre 1906 e 1910 para a família Milá. Para ler, devagarinho, ao ritmo do derretimento...

José González...minutos de silêncio



Obrigada pela prenda Renatinho adorei!

domingo, fevereiro 10, 2008

Errâncias...

por vnrodrigues

Infâncias



Cheira a terra. O musgo não secou. E os riachos ainda sabem a água fresca como outrora.
São os mesmos das partidas de barcos. Não: das folhas verdes que fazíamos de barco, com formigas a bordo; com direito a corrida infantil, para ver qual dos barcos havia chegado ao fim do riacho. Até aquele ponto pequenino onde o musgo ainda não estava seco... Por isso, como a água fresca, a terra ainda cheira a ela. E a foice do tio Zé continua a resgatar os rebentos da vida.

Confessionário #1

Último pecado: Mari Boine a reinventar-se. De passagem por Portugal...