segunda-feira, junho 25, 2007

a cultura do(s) estigma(s)

Pagar sete reais (cerca de três euros) com cartão de débito (mais taxas de uso do serviço bancário) foi o valor que o casal à minha frente na fila, no supermercado, pagou: uma coca-cola e um pacote de bolachas. O valor podia até ser mais baixo; mais alto é demasiado óbvio e, à partida, mais corriqueiro para o europeu- e sem o estigma! Hoje, por exemplo, C. pagou o almoço de dez reais com cartão de débito. Ontem, D. pagou o lanche (oito reais) no mesmo processo. A surpresa é, precisamente, os valores baixos da compra. E ainda por cima mais uma taxa sobre o valor. As razões? Resposta de C: "Vivemos sob o estigma do assalto e aí muitos poucos andam com dinheiro; mas antes disso foi a constante desvalorização do real na crise económica: nos mentalizamos a não guardar dinheiro em casa. Por isso o dinheiro electrónico é tão popular". E mais seguro...Virtual?

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