segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Todos os nomes

Seja com o mar a servir de escalda-pés; seja com o manto azul de um céu cinematográfico a dar-nos uma lição de liberdade; seja com um lago imenso, que mais parece mar-de-noite-sozinha a servir de espelho para a redonda luminosa lá em cima, insinuante no manto negro do tecto do mundo, só com o silêncio; nós somos aquilo que parecemos para os outros e nada mais. O que já fui, bem sei, em cada linguarejar esdrúxulo! Em cada país que me reencontro com o espelho, percebo que há uma profunda ideia de nós, no mundo! É: quando me olham e vêem o que está além. Lembro de cada nome que disseram que tinha, como se rasgassem o meu em pedaços e eu nascesse de novo. E com o olhar e palavras serviram o ritual de iniciação: é! À conta disso já fui Joanna de um pescador em Cabo Verde; Lis para as amigas do Rio; Marta para o amigo da amiga; Débora para uma professora; Helena, Leonor, Clarice, Va, Van... silêncio...e Luna! Talvez a mesma que eu vi sobre o lago que parecia, que parecia mundo!

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