- 18 de março: o Passos Coelho anda a dar muito nas vistas, armado em betinho da Foz, com pitada de sabichão. Preciso diminuir-lhe a semanada e pô-lo de castigo. Mas que há-de ter posto o engenheiro a xanax, há-de, há-de. Mas essa coisa de falar já como "futuro primeiro ministro" pode levantar suspeitas sobre o meu plano para a bomba atómica e lá se vai a minha estratégia de enganar o povo por água abaixo.
- É a quinta vez que a Maria vai ao cabeleireiro esta semana. Gastou a miserável reforma de 800 euros logo nas primeiras duas semanas no salão e agora pede-me que lhe aumente o cheque especial. Ando irritado: não vá o povo perceber. Pedi-lhe um sacrifício nestes difíceis tempos, e ela disse-me que em vez de usar YSaint Laurent, passou a pôr o transparente-Givenchy.
- Vi "O Discurso do Rei" e tenho de arranjar urgentemente um terapeuta da fala, a ver se em vez de voz de cana rachada, consigo um tom de Sarkozy, impositivo. Nunca é tarde demais. Embora a Maria confesse que me acha um certo charme.
- Por falar em Sarkozy que andou metido em imbróglios com a família do Kadhafi (e parece que o homem afirma que o francês tem problemas psíquicos) e suspeitas de campanha financiada (a Carlinha já tinha ligado à Maria a dizer que não queria devolver o vison e os diamantes) espero que o filho do Khadafi, que ainda considera Portugal um amigo, não se lembre de andar por aí a espalhar que o nosso país foi um dos que mais venderam armas à Líbia, senão lá vem mais uma crise política;
- Já que me lembrei de crise política, é uma boa ideia este fim-de-semana convidar o António Costa para um whisquezinho, há-de haver uns bons cubanos aqui em casa, e a Maria faz um rancho com todos, a ver se agudizo a dissidência interna dos socialistas. O que ele disse sobre o Teixeira dos Santos, nem a nossa oposição faria melhor.
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