O mundo começa aqui. Sem coordenadas reais. Com bússolas que sentem. Azimutes desalinhados, que se seguem pelo som do vento, o gosto das águas, e o abraço das gentes. O mundo começa aqui num grão de areia. Numa viagem de mil viagens. Num alfabeto reinventado: com ar nas veias para levitar. Com rasgos nos olhos para ver mais perto. Almas, cheiros, paladares que se entranham nos poros e reentrâncias carnais como lente raio x. Não existe?
É aqui onde começa o mundo. Como oxigénio. Fotossíntese. Como raiz entranhada que esventra a terra. Desejo carnal que se enrola com a vida, sem medo de se trair. Trair é enterrar os pés e esperar que o mundo venha. Antes ser pó, que sonho por fazer.
Continuar aqui
Sem comentários:
Enviar um comentário