Perto deste entranhado podre bafo de mediocridade que se vai arraigando no meu país, o Zé Povinho é um Senhor. Lá que tem um certo ar desleixado e, por isso impróprio para consumo estético que nem nos meus piores pesadelos, de bochechas anafadas, enrubescidadas de calor alcoólico e estômago estufado de carnes fartas em ponto de flatulência, não posso negá-lo. Mas, talvez por isso, sai-me ele mais genuíno, merecedor da vénia da dignidade, do que toda esta farsa de gente que não tem uma réstia de humildade, apadrinhada por tamanha hipocrisia, que fazem, vergonhosa mas maioritariamente deste meu país um clube restrito de bonacheirões clientelistas. Sei, sei: é o tamanho do país que nos faz, assim, tão pequeninos e promíscuos. Pois, pois só que é, também, o tamanho do país que torna tudo tão evidente de quanto tudo anda cego.
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