fase desempoeirando os baús (deve ser porque a Prima.Vera está com as malas à porta); remexendo as relíquias; desengavetando as colecções, os postais; reconhecendo as roupas e os perfumes que nunca usei e que sei que nunca usarei; e redescobrindo/reencontrando os outros pedaços de mim que ficam em qualquer canto de casas, como palpitações recalcitrantes e com vida própria, mais fortes do que eu (não tenho vocação para agente secreto: é muito fácil saber por onde ando). Tenho o péssimo hábito de deixar rasto em todos os espaços das casas, na minha ciente e constante anarquia das coisas (nunca deitar fora as revistas que acho que me vão servir de inspiração para alguma coisa; guardar os bilhetes dos concertos para um dia fazer um quadro, empilhar os livros must read this year na mesinha-de-cabeceira; anotar pequenas coisas para fotografar nas páginas dos cadernos que também vou coleccionando nas estantes do quarto...).
Estas relíquias, cujas caixas guardo, mais do que colecções são coisas que ainda uso...
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