Com corpo a rodar mundo. Com as costas moldadas às noites cálidas, frias, mordazes, cautas, perigosas e de sexo. Corpo na rede. Bunda em lençóis brancos, a olhar tectos azuis, azul-cueca, sofás, colchões fofos, varandas, chão, areia, barco, assento de avião, ônibus, carrinha, motéis, camas de hotéis duvidosos, sem janelas, sofás extensíveis-cama, bem acompanhada, no teu corpo, carne-na-carne, mamilos almofada, barriga repouso de mão, cadeiras, mesas, camas de solteiro, colchões no chão, taco-a-taco, duros, cimento, no teu colo, no colo deles, nas tuas mãos, no teu regaço, no arpoador, na rocha, colcha de nafetalina, solteira, de casada, no sótão, águas-furtadas, beliches, no mosteiro, na pousada, guest-house, acampada, debaixo da tenda, debaixo da árvore, no tecido cálido do teu véu de derme, na carpete, no azulejo, sempre em cama alheia, na dele, dela, dele, dela, dele, dela, duras, tão duras de solteiras, casadas, tão atadas, poltronas, divãs, sagradas, benzidas, amaldiçoadas. Só durmo em camas estranhas e começo na minha, que o corpo foi feito para voar e dormir em nuvens.
2 comentários:
Hot.
Enumeração estonteante! Lembrou o Águas de Março. Muito bom!
Bruno santos
Enviar um comentário