"Sou todo um harém matriarcal. Poliândrica, poligâmica, heterossexual, homossexual. Poliamor, portanto, para simplificar. Sou uma democracia lato sensu neste tipo de relação. Porém, devo exercitar o mea culpa no seguinte: sou pouco tolerante com a superficialidade. É que relação, qualquer seja, tem que ter, na matemática do mínimo denominador comum, um bom papo, risada, observação participante e até um q.b. de discordância para agregar alguma coisa no outro. Seria um saco ficar concordando o tempo todo: sim, meu amor; desliga-você-não-você-você!
Logo, para mim, isto é termômetro de irascibilidade: frases-cliché, vaidades vãs, indiferenças. Me dá uma certa urticária. Na hora de responder, viro uma fofa-blasé. E ser fofa-blasé é um problema, porque há algo em nós que delata que, para não sermos totalmente desagradáveis, estamos meio que pisando palco com cadafalso. E se a vida é um grande palanque, sabemos, então nossa máscara é molde personalizado para essa-ou-aquela pessoa, que mais cedo ou mais tarde, há de desgastar."
Continuar a LER: Poliamor no blogue da editora brasileira Cosac Naify
3 comentários:
Fantástico jogo de palavras, Vanessa. Como sempre!
Ah e concordo absolutamente com a definição de relação, seja ela amorosa ou de outro tipo qualquer, amizade, familiar, tem de ser intensa e de entrega, senão "não tem graça" e passa a ser "profissional" ou de outro qualquer tipo de interesse. É muito bom "ler-te", vou tentar passar mais vezes por cá ;)
Olá querida Sílvia. Muito Obrigada pela tua mensagem. Beijo muito muito grande.
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