terça-feira, outubro 28, 2008
Vazio autista. Uma bienal vestida de farsa!
Uma Bienal de Arte que se quer costurada pelo vazio (mais uma das invenções pós-modernas= ausência), para pedir ao público e artistas que descosam os debruados do tecido urbano para que se pense, afinal, que agulhas andaram por ali a coser uma certa ideia de arte, não se pode dar ao luxo de censurar uma outra “arte” urbana (periférica?), nascida desde logo pelos pincéis da crítica social. É anti-tudo e, sobretudo, é a prova manifesta que a Bienal de Arte de São Paulo é uma farsa. No andar “vazio” que a curadoria da mostra deixou “propositadamente” para “fazer pensar” acordou esta manhã “pichado” por um grupo de 40 pessoas, agora chamadas de “vândalas” e talvez até condenadas a três anos de prisão. É. Em vez do feito ser (re)aproveitado e “pensado” como resposta (periférica?) ao vazio da Bienal (“nestas-paredes-eu-me-vinguei”) a organização entrou em histeria e apagou tudo com tinta higienicamente branca (como a arte de elite - e como destesto esta palavra) com os nervos à flor da pele! É o vazio que não é nosso e é uma questão de ponto de vista. O vazio não foi feito para fazer pensar sob a óptica dos outros. Aliás, o vazio é isso, não existe. Temos horror ao vazio dos outros. Sufocamos, irritamo-nos e precisamos voltar ao nosso vazio, higienicamente programado. É, os pichadores têm razão: “Abaixo a ditadura” [e todas as farsas intelectualmente fabricadas]. Este ano não vou à Bienal. Ficou clara a posição desta farsa! Prefiro a minha visão periférica a alinhar com uma certa ideia de arte, que repito, é “higienicamente fabricada” e condenada ao suicídio!
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