sexta-feira, outubro 17, 2008

Mostra Internacional de Cinema agita salas em São Paulo


32ª edição do panorama de cinema internacional que começa nessa sexta, 17, traz novo filme de diretor brasileiro José Padilha e homenageia o diretor sueco Ingmar Bergman. São mais de 400 filmes para a grande tela, por isso se prepare: a insônia vai até dia 30 de outubro


Talvez seja a primeira vez que o revolucionário Che Guevara e o ator Marlon Brando se encontram. Dizem até que se vão entender muito bem e que falam a mesma linguagem: a do cinema. A introdução deste texto não tem mistério: é que a partir de sexta, 17, a 32ª edição da Mostra Internacional de Cinema, que toma conta da cidade paulista, promete balançar o cenário do cinema nacional, trazendo a vanguarda do cinema para as salas da sétima arte.

Ao todo, 454 filmes de 75 países vão rechear a grande tela, trazendo a São Paulo obras para todos os gostos de cineastas consagrados, tanto na seção Perspectiva Internacional, como em retrospectivas e apresentações especiais.

Uma versão restaurada de “O Poderoso Chefão”, estrelado pelo ator italiano Marlon Brando e a longa de Steven Soderbergh, “Che”, com representação de Benício Del Toro são algumas das novidades e, para condimentar o cardápio cinematográfico, a programação inclui ainda debates, palestras, exposições, shows e uma grande lista de convidados internacionais em São Paulo.

Este ano a mostra preparou surpresas reforçadas, dando carta branca ao diretor alemão Wim Wenders que preparou uma seleção de filmes. Mas o grande destaque vai mesmo para Ingmar Bergman, o diretor sueco homenageado nesta edição.

O Brasil entra na programação com 55 filmes de produção nacional e mais oito de co-produção com outros países. Na lista estão filmes como “A Festa da Menina Morta” com realização do ator Matheus Nachtergaele; e o documentário sobre a fome: “Garapa” de José Padilha, realizador de “Ônibus 174” e do polêmico “Tropa de Elite”.

Portugal entra também na lista com a vanguarda cinematográfica do país, mostrando sangue novo no cenário com filmes como o “O Julgamento” de Lionel Vieira sobre a ditadura salazarista; e “Ruas da Amargura” de Rui Simões que mergulha no universo das carências afetivas e financeiras de quem mora nas ruas.

P.S. Português do Brasil, naturalmente!

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