Dizem os meus mais recentes amigos brasileiros - sobretudo do trabalho diário - que eu já não volto mais para Portugal. Que desde que consegui dizer "aquela" palavra (sem sotaque), passei na prova final. Ou pelo samba, que timidamente ginguei (muito treino pela frente, ainda), ou pelo bom humor pela manhã; ou ainda por aqueles abraços que sempre dei quando E. ou A. estavam tristes, carentes (ou simplesmente pela espontaneidade da amizade). Afinal o "astral" estava em mim. Ou naqueles sorrisos; naquela boa recepção que sempre me acarinhou. Nos bolos de fubá, nas bolachas de água e sal; chocolate; fruta-do-conde; champanhe (!!!! schhhhiu) nesta sala de comunicação - num sentido bem lato... E sempre que alguém me liga, lá da terrinha, T. diz-lhes que eu já não volto. Que já sou assim: deles. Não sei se é pelo aproximar da recta final (pelo menos desta fase) que declinei à nostalgia desta experiência. Mas há uma ponta de verdade naquilo que eles dizem. Nessas pequenas coisas sinto-me um pouco mais brasileira sim. [Na espontaneidade deles; minha agora!] Com a certeza da minha raiz, sem dúvida - que afinal tem muito de tropical. E afinal porque não?
3 comentários:
:-)
um smile de reconhecimento pelo que descreves...
nenhum de nós volta. pelo menos não voltamos iguais!
chuaks,
R.
Mulato, o carinho aqui é total. Já sinto saudades! Dias difíceis que declinam...e a ainda bem que não voltamos iguais...bjk
menina, não sei voltas ou não...mas se vens diferente, pois claro, foi para isso que foste, para recriar em ti algo que aqui é de uma forma e que aí é de outra. A Vanessa do Porto não será a mesma Vanessa de S.Paulo, pois claro. Mas atenção à nostalgia, saudades temos sempre que deixamos algum sítio que "bateu", nem que seja a porta do vizinho do lado!
Beijos, até breve!
Rita
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