Tema deste ano da 27 ª Bienal de São Paulo, "Como viver junto" é o cruzamento da estética de Hélio Oiticica e a ruptura de Roland Barthes; é a provocação da individualidade que toca ténue a celebração artística (experiência real da vida?) [ou a luta contra a amnésia colectiva!].
"Acho muito importante lutar contra a amnésia! Da mesma forma que as vanguardas radicais no início do século 20 foram baseadas na ideia de futuro, é muito possível que a modernidade do século 21 (eu não gosto do conceito "pós") seja baseada em leituras do passado.
No século passado, o futuro era o modelo de leitura do presente, hoje, talvez o passado seja o modelo de leitura do presente. Isto ocorre por conta da padronização do planeta, que apaga a memória, e a melhor forma de lutar contra isso é não voltar ao passado, mas ler o passado no presente, buscar novos itinerários no passado e isso é muito importante. Busquei fazer isso em Lyon e vejo isso em São Paulo [na Bienal]".
Nicolas Bourriaud, curador francês e autor do livro "Estética Relacional" em entrevista, ontem, à Folha de São Paulo
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