terça-feira, outubro 31, 2006
segunda-feira, outubro 30, 2006
Escassas têmporas de memória
O assobio do vento lá dentro, e lá fora –
onde as serras são mais rasgadas;
Corrompidas pelo nevoeiro embalado;
largado de poeira.
Sibilantes agudas, estridentes depois;
de mazelas dilaceradas
Cantos de exotismo,
ou assobios na brisa, simples-
Nesgas saturadas de fendas no pano;
De salitre e areia de palavras;
[onde se esconde e se larga, depois,
com a lua;ou a escassa luz desse quadro, toldado].
quinta-feira, outubro 26, 2006
Cidades a spray
O tiritar dos rasgos sonoros [em deslize absoluto]. Buzinas; calçadas que trotam [semi-cansadas, desgastadas, porém]. Estridentes depois! Sem tempo. Leves [depois do peso dos passos – como quem traça um cigarro ressacado].
Aquele som sai tarde, acelerado. Entra nos muros – em cada gesto inusitado - da cidade [urbana (?), perdida entre sons sibilantes; estridentes]. As cores pendem. Estendem-se. Esmorecem!Dormem. Depois acordam para uma insónia perene. Saída de expressões e texturas rebeldes – que se tocam, num prazer inusitado de liquidez absoluta! Náuseas de sons, cheiros – de tinta que escorre!Fachadas degradadas – enjeitadas com linhas/traços negros, azuis, verdes – de spray: sopros individuais, traçados de memória; espontâneos. Suspiram; ou murmuram algo em voz baixa, demasiado inaudível- mas que grita.
Aquele som sai tarde, acelerado. Entra nos muros – em cada gesto inusitado - da cidade [urbana (?), perdida entre sons sibilantes; estridentes]. As cores pendem. Estendem-se. Esmorecem!Dormem. Depois acordam para uma insónia perene. Saída de expressões e texturas rebeldes – que se tocam, num prazer inusitado de liquidez absoluta! Náuseas de sons, cheiros – de tinta que escorre!Fachadas degradadas – enjeitadas com linhas/traços negros, azuis, verdes – de spray: sopros individuais, traçados de memória; espontâneos. Suspiram; ou murmuram algo em voz baixa, demasiado inaudível- mas que grita.
Lá em cima [entre as janelas dos andares dos prédios inquilinos, vazios, velhos, sucumbidos, indigentes]; no contraste do dia; ou da noite, há um vulto que recai sobre o musgo das paredes. Lá em cima! No limite – na suspensão da vida e da adrenalina – ele semeia sibilantes com a agulha – aerossol, spray. As cores não importam.
Rasgos de expressão, no Rio; em São Paulo. Urbanidades despojadas. Contrastantes e na miasma aflitiva da complementaridade.
Outro vulto está de costas para a estrada. Pinta à luz do dia; aos olhares indiferentes: a senhora que passa apressada; o carro acelerado; os rostos mesclados de multidão.
Rasgos de expressão, no Rio; em São Paulo. Urbanidades despojadas. Contrastantes e na miasma aflitiva da complementaridade.
Outro vulto está de costas para a estrada. Pinta à luz do dia; aos olhares indiferentes: a senhora que passa apressada; o carro acelerado; os rostos mesclados de multidão.
quarta-feira, outubro 25, 2006
Ora pois?
Já sabemos que "Ora, pois" é cliché para falar de português em terras tropicais. Quando revelo que ninguém diz isso em Portugal - pelo menos assim associado- cai o mito; e não querem acreditar. [E já se sabe que os mitos não se quebram assim de uma vez]. (O mesmo se aplica às piadas de brasileiros que acham que o português faz - quanto se enganam, portanto! - temos de começar a contar as piadas dos alentejanos). De qualquer forma, é sempre curioso entender como funciona esta história da visão antropológica do outro. Ou melhor: como os outros nos vêem.
Esta caricatura é da autoria de um já amigo Rodrigo Bueno. Brasileiro de gema (ora, pois!)- que nesse dia discorreu em desenhos de várias personagens. A caricatura original tem mais elementos lusos, mas com a digitalização perde-se um pouco a qualidade. Fica o registo do jantar de violão, massa, bruschetta e molho de beringela, naquele universo lá em Perdizes, no misto internacional.
terça-feira, outubro 24, 2006
Cantar com a alma!
Dona Inah, prémio Tim 2005: uma revelação com ritmo de samba, chorinho e rouquidão charmosa que traça a tradição do que a alma ainda tem de tropical. "Divino Samba Meu" é o nome do cd que a senhora mescla com herança sambista e originalidade vocal. Aos 70 anos o vigor está na alma de quem seus males espanta, assim!
Em Agosto tive a sorte de a fotografar num churrasco de aniversário da velha guarda do samba paulista, graças à Carol, mergulhada nesse universo fabuloso. Para desfrutar com calma e selecção.
segunda-feira, outubro 23, 2006
Dona Zulmira, lá em baixo!
Vergada sobre o corpo [ainda existente no fôlego da neblina], sentava-se constrangida de mau- estar na beira de um passeio. [E rezingava em silêncio aos deuses dos seus pensamentos; enrolados com a chuva que cai, como quem distende os lamentos fendidos]. Não vê novela. Não sabe, sequer, o que significa isso. [Ou aquilo de tecer palavras enjeitadas com nada]. Mas até poderia ser que a sua vida desse uma – descaída de gestos rareados. Não lê. Desconhece mundos literários. [Se eles existissem seriam pérfidos silêncios de faróis alucinados, quem sabe!].
Viajar: apenas de rua em rua. Jardim em jardim. Ou na senda daqueles pensamentos já falados...[E vê mais que muitos que julgam ter tempo para sorver]. Ou nada. E consome-se na hipocrisia de todos. Na minha. Na de qualquer um. Sem noção. Entendimento daquela vida – desajeitada de remorsos paridos. [Como a seiva salivada daquela mágoa estendida].
Os cabelos grisalhos escondiam-se insalubres sob o cobertor verde desfiado. [Retalhos sombrios; trôpegos da maleabilidade caída]. As mãos não se viam. [Até parece que se perdiam nas mangas desengonçadas; largas e escorreitas]. Soltavam-se atrofiadas. Derivantes no parco espaço. Estavam ocultas sob a dimensão do manto. Maior que o corpo franzino e periclitante. [“Será homem ou mulher?; Que idade vestirá, aquele corpo franzino, que já há muito deixou o mundo das poças calibradas de poeira?”].
Mas não importa. Deixou de interessar. O véu de lã envolvia aquele corpo esquelético; submerso em pensamentos que não se sabe quais. [Seriam eles?; fôlegos mentais que não chegam a sê-lo; apenas cólera] Ninguém pensa nisso. A não ser ele, que naquele dia, parou. Olhou de novo. Quedou-se na hesitação da humilhação dele próprio – em que se reviu; poderia sê-lo, ali, na berma daquele passeio, calcorreado; de pedras corridas e egoístas.
Os cabelos grisalhos escondiam-se insalubres sob o cobertor verde desfiado. [Retalhos sombrios; trôpegos da maleabilidade caída]. As mãos não se viam. [Até parece que se perdiam nas mangas desengonçadas; largas e escorreitas]. Soltavam-se atrofiadas. Derivantes no parco espaço. Estavam ocultas sob a dimensão do manto. Maior que o corpo franzino e periclitante. [“Será homem ou mulher?; Que idade vestirá, aquele corpo franzino, que já há muito deixou o mundo das poças calibradas de poeira?”].
Mas não importa. Deixou de interessar. O véu de lã envolvia aquele corpo esquelético; submerso em pensamentos que não se sabe quais. [Seriam eles?; fôlegos mentais que não chegam a sê-lo; apenas cólera] Ninguém pensa nisso. A não ser ele, que naquele dia, parou. Olhou de novo. Quedou-se na hesitação da humilhação dele próprio – em que se reviu; poderia sê-lo, ali, na berma daquele passeio, calcorreado; de pedras corridas e egoístas.
sexta-feira, outubro 20, 2006
Amizade
Hoje é o dia oficial da divulgação. A minha querida Carol ganhou o Prêmio Nascente da USP na categoria Texto com o seu primeiro romance "Ciranda de Nós", que é o mesmo nome do blog .
Parabéns! Vale a pena não desistir dos sonhos!
Texto original publicado na intranet da Energias do Brasil
Autor: Eny Elisa Souto
A jornalista e estudante de ciências sociais da USP (Universidade de São Paulo), Carol Maia, do departamento de Comunicação da Energias do Brasil, ganhou o Prêmio Nascente da USP na categoria Texto com o seu primeiro romance "Ciranda de Nós", que é o mesmo nome do seu blog.
O romance, que deve ser publicado em 2007, é sobre uma menina que passa as férias na casa de praia da família e, através dos seus sentidos, leva o leitor a conhecer uma cidade onde se enrola uma imensa ciranda de nós. A estrutura do romance é similar à de uma ciranda: a cada capítulo, um personagem entra na roda. E, ao dar as mãos, capítulo a capítulo, os personagens apresentam os seus costumes, as suas crenças e os seus lares, além de um crime que marcaria de maneira definitiva a pequena São José da Coroa Grande, cidade onde se passa a história.
Para a jovem escritora, receber o prêmio foi bacana, porque mostrou que o romance está no rumo certo. "Ainda não considero o livro terminado, mas o prêmio me indica que eu devo continuar o trabalho na direção que tomei, e por isso ele é muito útil", diz Carol.
O Nascente é um prêmio realizado todos os anos pela USP. Podem participar alunos de graduação e de pós-graduação da universidade. São sete categorias: Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Design, Música Erudita, Música Popular e Texto.
O romance, que deve ser publicado em 2007, é sobre uma menina que passa as férias na casa de praia da família e, através dos seus sentidos, leva o leitor a conhecer uma cidade onde se enrola uma imensa ciranda de nós. A estrutura do romance é similar à de uma ciranda: a cada capítulo, um personagem entra na roda. E, ao dar as mãos, capítulo a capítulo, os personagens apresentam os seus costumes, as suas crenças e os seus lares, além de um crime que marcaria de maneira definitiva a pequena São José da Coroa Grande, cidade onde se passa a história.
Para a jovem escritora, receber o prêmio foi bacana, porque mostrou que o romance está no rumo certo. "Ainda não considero o livro terminado, mas o prêmio me indica que eu devo continuar o trabalho na direção que tomei, e por isso ele é muito útil", diz Carol.
O Nascente é um prêmio realizado todos os anos pela USP. Podem participar alunos de graduação e de pós-graduação da universidade. São sete categorias: Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Design, Música Erudita, Música Popular e Texto.
“Viver junto seria impossível sem a forma de arte”, diz Maria Rita Kehl, no último seminário da 27ª Bienal de São Paulo, “Trocas” alicerçado ao tema “Como Viver Junto”.
Mais: “São Paulo é uma cidade esquecida; recalcada. De sofrimentos solitários. Torna os seus habitantes anónimos. Os artistas são responsáveis pela (re)criação da cidade”.
quinta-feira, outubro 19, 2006
Esbaforido...
..é o tempo da chuva lá fora; do vento levantado da memória de um trago mal sorvido. Um gole de tempo, por ora [onde descansa o cansaço tropical] - embora... a luz não entre carregada de cortinas silenciosas- corridas, agora!
Olha lá fora! Se ela vir o céu carregado não acorda a hora. Fica fendida, espera. Senta-se na berma do desgaste esbaforido. Agora vencido!
Tragédia#Comédia
Diferença entre tragédia e comédia, segundo Fábio Camarneiro – professor do curso de argumento para cinema.
“A Tragédia serve para nos lembrar da inevitabilidade da morte; a Comédia serve para nos lembrar da inevitabilidade da ressurreição (amanhã é outro dia e posso começar tudo de novo).”.
No meio disto (re)vimos “Tempos Modernos” de Chaplin – na sua inevitabilidade histriónica; como a vida, não?
“A Tragédia serve para nos lembrar da inevitabilidade da morte; a Comédia serve para nos lembrar da inevitabilidade da ressurreição (amanhã é outro dia e posso começar tudo de novo).”.
No meio disto (re)vimos “Tempos Modernos” de Chaplin – na sua inevitabilidade histriónica; como a vida, não?
terça-feira, outubro 17, 2006
"Como viver junto" , por Nicolas Bourriaud
Tema deste ano da 27 ª Bienal de São Paulo, "Como viver junto" é o cruzamento da estética de Hélio Oiticica e a ruptura de Roland Barthes; é a provocação da individualidade que toca ténue a celebração artística (experiência real da vida?) [ou a luta contra a amnésia colectiva!].
"Acho muito importante lutar contra a amnésia! Da mesma forma que as vanguardas radicais no início do século 20 foram baseadas na ideia de futuro, é muito possível que a modernidade do século 21 (eu não gosto do conceito "pós") seja baseada em leituras do passado.
No século passado, o futuro era o modelo de leitura do presente, hoje, talvez o passado seja o modelo de leitura do presente. Isto ocorre por conta da padronização do planeta, que apaga a memória, e a melhor forma de lutar contra isso é não voltar ao passado, mas ler o passado no presente, buscar novos itinerários no passado e isso é muito importante. Busquei fazer isso em Lyon e vejo isso em São Paulo [na Bienal]".
Nicolas Bourriaud, curador francês e autor do livro "Estética Relacional" em entrevista, ontem, à Folha de São Paulo
segunda-feira, outubro 16, 2006
Imprensa, mesclas
Todos os dias: jornal "Público", "Folha de São Paulo", "Estadão", "CBN", "TSF", "Lusa", "Portugal Digital" e "Expresso" on-line. Faz parte do processo! Porém, depois de sete meses com esta mescla de imprensa, há alturas em que se confunde os contextos, na leitura, no registo - ou os contextos confundem-se; diluindo-se na memória diária.
Hoje, por exemplo, a exposição em homenagem a António Gedeão seria, momentaneamente, inaugurada em São Paulo, numa tal de Biblioteca Nacional - verosímil! Mas não: engano condicionado da memória: a expo é mesmo lá, em Portugal. O invés? Uma tal feira de design seria por lá; segundos de reflexão a certeza da mistura: vai ser por cá...
sábado, outubro 14, 2006
Amizade
Postais. Fragmentos dos meus momentos em terras alheias. Agora tão familiares quanto a sonoridade da língua. Deste lado de cá - do Atlântico - quis partilhar pequenas histórias do cenário que me preenche. Deste lado de cá, enviei sonhos e identidades. Missivas; cartas com o fulgor do calor da tinta. Como gosto...
Agora, enternecida, percebo que esses sonhos que enviei preencheram mais do que eu imaginava! Com lisonja e ternura li no http://www.morreraler.blogspot.com/ do meu amigo Paulo Moura um voto de alento por esse postal enviado - sobre o lugar onde hoje me encontro até Domingo.
quarta-feira, outubro 11, 2006
Utopias fantásticas, Gémeos
Quente. Demasiado calor, em que se sufoca primeiro e respira depois - o das tintas. Os sonhos não têm cor [ou quem sabe vertem em vários tons - inexistentes e exclusivos de quem vê, (lê ?) palavras visuais quando fecham os olhos - ou sonhar acordado com as utopias da arte (vida?). Universo metafórico, infantil, de imaginário fantástico em que o hiper-realismo se senta para observar invejoso [na esperança de também entrar lá no meio das lantejoulas recriadas; cabeçudos disformes e sábios; rostos fingidos - camuflados na multidão]; teatro vida [ou a simples cadência do espontâneo - como este universo embalado].
© Vanessa Rodrigues
terça-feira, outubro 10, 2006
segunda-feira, outubro 09, 2006
Identidade(s)
Dizem os meus mais recentes amigos brasileiros - sobretudo do trabalho diário - que eu já não volto mais para Portugal. Que desde que consegui dizer "aquela" palavra (sem sotaque), passei na prova final. Ou pelo samba, que timidamente ginguei (muito treino pela frente, ainda), ou pelo bom humor pela manhã; ou ainda por aqueles abraços que sempre dei quando E. ou A. estavam tristes, carentes (ou simplesmente pela espontaneidade da amizade). Afinal o "astral" estava em mim. Ou naqueles sorrisos; naquela boa recepção que sempre me acarinhou. Nos bolos de fubá, nas bolachas de água e sal; chocolate; fruta-do-conde; champanhe (!!!! schhhhiu) nesta sala de comunicação - num sentido bem lato... E sempre que alguém me liga, lá da terrinha, T. diz-lhes que eu já não volto. Que já sou assim: deles. Não sei se é pelo aproximar da recta final (pelo menos desta fase) que declinei à nostalgia desta experiência. Mas há uma ponta de verdade naquilo que eles dizem. Nessas pequenas coisas sinto-me um pouco mais brasileira sim. [Na espontaneidade deles; minha agora!] Com a certeza da minha raiz, sem dúvida - que afinal tem muito de tropical. E afinal porque não?
A não perder, no Bourbon Street SP
Músicos com actividade suspeita. Quem não o é?
O experimental toca o jazz, olhando de esguelha o rock(?). Ou será o contrário? A conferir, dia 31 de Outubro no Bourbon Street Music Club (http://www.guiadasemana.com.br/detail.asp?ID=8&cd_place=105)
Reid Anderson - bass
Ethan Iverson - piano
David King - drums
Para ouvir:
http://www.blogmusik.net/search,the-bad-plus.html
http://www.myspace.com/badplus
Bourbon Street Music Club
Rua dos Chanés, 127
Moema - Zona Sul - 5095-6100
O experimental toca o jazz, olhando de esguelha o rock(?). Ou será o contrário? A conferir, dia 31 de Outubro no Bourbon Street Music Club (http://www.guiadasemana.com.br/detail.asp?ID=8&cd_place=105)
Reid Anderson - bass
Ethan Iverson - piano
David King - drums
Para ouvir:
http://www.blogmusik.net/search,the-bad-plus.html
http://www.myspace.com/badplus
Bourbon Street Music Club
Rua dos Chanés, 127
Moema - Zona Sul - 5095-6100
sexta-feira, outubro 06, 2006
quinta-feira, outubro 05, 2006
Presidente ou candidato?
Na hora de falar do personagem Lula (ainda não sabemos muito bem a fronteira entre a performance e a verdade – que verdade?) não há distinção possível entre o presidente e o candidato à reeleição – caso insolúvel esse!
Agora com a corrida ao segundo turno - e com o novo fulgor da campanha – será "inevitável" que Lula use, em seu favor, os mecanismos governamentais de que ainda dispõe para dirigir a atenção em Estados onde foi menos votado. A saber: verbas para infra-estruturas; benefícios; aposta social. Hoje, por exemplo, a imprensa destaca que “o governo liberou R$ 1,5 bilião no início do segundo turno”. No subtítulo: “parte do dinheiro irá para Estados onde desempenho eleitoral de Lula foi ruim”. Lula descarta uso eleitoral, mas a interpretação não é ingénua; e o marketing político encontra aqui uma extensão promíscua, que deixa nebulosa a fronteira de que falava no início.
Outra questão: jornalistas, entrevistados, população falam dele entre um misto de candidato e presidente. “O presidente Lula, candidato à reeleição”. A confusão é inevitável na hora de falar da figura; perversa e que contamina a percepção de eleições isentas. Por si só já não o são (cobertura mediática tendenciosa; sondagens compradas; dossiers de assassínio de carácter, ...) mas desta forma, fica óbvio que candidato e presidente são o uso e o abuso do poder...
Agora com a corrida ao segundo turno - e com o novo fulgor da campanha – será "inevitável" que Lula use, em seu favor, os mecanismos governamentais de que ainda dispõe para dirigir a atenção em Estados onde foi menos votado. A saber: verbas para infra-estruturas; benefícios; aposta social. Hoje, por exemplo, a imprensa destaca que “o governo liberou R$ 1,5 bilião no início do segundo turno”. No subtítulo: “parte do dinheiro irá para Estados onde desempenho eleitoral de Lula foi ruim”. Lula descarta uso eleitoral, mas a interpretação não é ingénua; e o marketing político encontra aqui uma extensão promíscua, que deixa nebulosa a fronteira de que falava no início.
Outra questão: jornalistas, entrevistados, população falam dele entre um misto de candidato e presidente. “O presidente Lula, candidato à reeleição”. A confusão é inevitável na hora de falar da figura; perversa e que contamina a percepção de eleições isentas. Por si só já não o são (cobertura mediática tendenciosa; sondagens compradas; dossiers de assassínio de carácter, ...) mas desta forma, fica óbvio que candidato e presidente são o uso e o abuso do poder...
quarta-feira, outubro 04, 2006
segunda-feira, outubro 02, 2006
Paulista vira corredor literário
...e promete sopa de letras até domingo
Feira do livro na Fiesp promete preços especiais e contentores vão recolher livros usados para instituições sociais.
Mais de dez endereços na Avenida Paulista estão entregues à literatura pelo segundo ano consecutivo. “Corredor Literário” é o evento que inaugura, hoje, em vários espaços dessa grande avenida e que promete uma ampla programação com mais de 150 actividades.
Mais de dez endereços na Avenida Paulista estão entregues à literatura pelo segundo ano consecutivo. “Corredor Literário” é o evento que inaugura, hoje, em vários espaços dessa grande avenida e que promete uma ampla programação com mais de 150 actividades.
Locais da Paulista
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