Rosa de Samba é poesia. Sabe a pouco. Sabe a tristeza e alegria e, quem sabe, sabedoria. Rosa de Samba é sentimental. Chega longe cá dentro e alcança, até, aquele rio turbulento. Rosa de Samba é teatro. É Noel Rosa. É uma peça sambada. A primeira em terras paulistanas. Mas a beleza deste texto, da música e da interpretação não está no momento vivido. Está, mais do que isso, na melodia das pequenas coisas: nos simples adereços e no diálogo com o público. O monólogo da actriz facilmente se transformava num diálogo com a audiência. E havia magia. Envolvência, num misto de eloquência que seduzia. A pandeireta foi metáfora. Tudo. Foi máquina de escrever. Bebé mimado. Foi bolsa de mulher. Foi porta batida. Foi até comida. Foi mistério. Ilusão. Em Rosa de Samba até brigadeiros se vendeu. Até “chop” se bebeu. À volta da esplanada do armazém do Centro Cultural de São Paulo. E tudo isto por cinco euros. Sabe a pouco. Ou até mais!
5 comentários:
Bem vinda!
se eu nao tivesse visto o k tu viste de certeza que estaria a ver o mesmo que viste no momento em que lia o ´menino de rua´...
parabens pelos retalhos da vida paulistana que tens colocado no blog e principalmente pela maneira como o expoes...
Beleza
Manu
Não há determinativo que aguente, Luísa. É muita emoção. Impulso. Importava (d)escrever.Obrigada pelo reparo.
rodinha de samba é bom dimais!..;)
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