Numa cidade tão movimentada (descontrolada?) como São Paulo já nada surpreende. Mas existem algumas (entre muitas outras) particularidades que a caracterizam: a qualidade do ar; a exploração da mão-de-obra; a marginalidade; os desalojados; e arquitectura exacerbada dos arranhas-céus.
Caminho pela Avenida Juscelino Kubitschek. E avisto um painel: 18h34. Por baixo palavras em ecrã digital: qualidade do ar. Santana: regular. (Então é má, não?). Talvez quando é boa seja regular. Bairro a bairro. Avenida a avenida. A informação é depositada. São letras que se tornam familiares. Desconfio da qualidade vida. (Do ar (irr)respirável?)
Depois, mais à frente, semáforos. Não há prioridade para peões. Passa-se de qualquer forma. Ainda que o peão já esteja a meio da travessia. Não importa. Por isso, nos cantos das passadeiras, para que se alterne as prioridades, estão dois rapazes com grandes bandeiras vistosas (vermelho berrante). Com letras garrafais: PARE. (O nosso stop, pois claro). E é hora de atravessar. Quanto tempo eles lá ficam? E quantas horas trabalham; isso é outra história. O preço da mão-de-obra cá (no Brasil) é uma coisa extraordinária. Barata. Mais baixa que o coloquialmente falado preço da chuva. Entrar numa loja (de centro comercial, por exemplo) é uma surpresa. São mais empregados que clientes. Uma loja pequena. Com espaço para três funcionários, chega a ter sete.
Stand de automóveis. Sábado à tarde. Cinco jovens abanam incessantemente cinco bandeiras com o logótipo da promoção. Quem passa ri. Ou tem pena. Um misto de confrontos cá dentro. (Fico por aqui, por enquanto).
E quanto a intenções? Por cá é, por vezes, difícil perceber/distinguir quem é sério, malandro, honesto. É difícil não desconfiar da capa do livro. É difícil não julgá-lo. É um esforço constante. Será a lei das ruas? Andar desperto. Até porque a intensidade dos contrastes é alta. É que a divergência são as pedras que trilham as ruas de São Paulo. A diferença é o cimento que ergue a urbanidade de Sampa. E, no meio, há costuras que saem da baínha citadina. E que não podem (nem querem) ser remendadas.
Caminho pela Avenida Juscelino Kubitschek. E avisto um painel: 18h34. Por baixo palavras em ecrã digital: qualidade do ar. Santana: regular. (Então é má, não?). Talvez quando é boa seja regular. Bairro a bairro. Avenida a avenida. A informação é depositada. São letras que se tornam familiares. Desconfio da qualidade vida. (Do ar (irr)respirável?)
Depois, mais à frente, semáforos. Não há prioridade para peões. Passa-se de qualquer forma. Ainda que o peão já esteja a meio da travessia. Não importa. Por isso, nos cantos das passadeiras, para que se alterne as prioridades, estão dois rapazes com grandes bandeiras vistosas (vermelho berrante). Com letras garrafais: PARE. (O nosso stop, pois claro). E é hora de atravessar. Quanto tempo eles lá ficam? E quantas horas trabalham; isso é outra história. O preço da mão-de-obra cá (no Brasil) é uma coisa extraordinária. Barata. Mais baixa que o coloquialmente falado preço da chuva. Entrar numa loja (de centro comercial, por exemplo) é uma surpresa. São mais empregados que clientes. Uma loja pequena. Com espaço para três funcionários, chega a ter sete.
Stand de automóveis. Sábado à tarde. Cinco jovens abanam incessantemente cinco bandeiras com o logótipo da promoção. Quem passa ri. Ou tem pena. Um misto de confrontos cá dentro. (Fico por aqui, por enquanto).
E quanto a intenções? Por cá é, por vezes, difícil perceber/distinguir quem é sério, malandro, honesto. É difícil não desconfiar da capa do livro. É difícil não julgá-lo. É um esforço constante. Será a lei das ruas? Andar desperto. Até porque a intensidade dos contrastes é alta. É que a divergência são as pedras que trilham as ruas de São Paulo. A diferença é o cimento que ergue a urbanidade de Sampa. E, no meio, há costuras que saem da baínha citadina. E que não podem (nem querem) ser remendadas.
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