Noto aqui um padrão. É a segunda vez que acontece num espaço de uma semana. Tenho até receio da próxima semana. O mesmo poderá acontecer a Yasmina, Clarice e outras. Não sei. Talvez seja desculpa, talvez seja um inevitável padrão feminino e poderá a todas acontecer. Vá! Tenham cuidado quando levam o telemóvel para o WC.
Para quê? Caiu na privada? Puxa.
A Hilda ficou atrapalhada. Quis ler aquela mensagem deliciosa e entre o papel higiénico e autoclismo e ploc-flussh deixou escorregá-lo. Deve estar agora a navegar em águas escuras e desconhecidas, ou talvez afundado de vez. O mais provável é estar afundado de vez. Voilá. Tinha um encontro com um possível-quase namorado e o roteiro para entregar ao director de cena, depois que ele acabasse o ensaio. Claro. Eles ligariam.
- “Amiga, você acha que alguém vai acreditar nesta parada? Puxa, é muito bizarro. Celular cair na privada, parece pegadinha. Fala sério. Desculpa de nada, né? Você é o único número de celular que eu sei de cor. Pôxa, ainda bem. Mas a vantagem é que a essa hora o celular já desligou né. Tem o silêncio a meu favor. Tem o silêncio como meu alibi”.
É, o alibi-silencioso. Não haveria por que não acreditar.
Com a Deliza foi mais ou menos a mesma coisa. Ela quis justificar o silêncio e mandou-me uma mensagem quase em código. Achei que ele se tivesse mudado para algum país árabe, sem me avisar. Obrigou-me a ler a mensagem da direita para a esquerda, várias vezes, que é o mesmo que dizer que tive de voltar atrás para a entender. Mesmo assim, estou com dúvidas e só consigo entender “cluhar prvada, stu s nmeros”. Privada. Que de privada agora não tem nada, desde este post, público!
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