Sinhá Z. dorme debaixo dos jacarandás floridos, suspensa na rede branca que abraça as duas árvores. Enquanto isso, o sol tardio afaga o corpo queimado do dia. O cenário acobreado do entardecer, enrola o busto arredondado; o peito descoberto pela blusa que se encosta ao braço caído pelo sono. Assim serena, não pensa nos problemas. Não pensa nas dificuldades da Fazenda. Na crise do café. Na produção da soja, devastada por uma praga inexplicável. Assim, tranquila, sonha em desenvencilhar-se das amarras paternas. Mergulha na inconfidência feminina. E pensa na alma escrava por quem se apaixonou.
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