Futebol é ritual sagrado em terra tropical. Copa – o tal encontro “ecuménico” – é o "céu". O êxtase eufórico da religião desportiva. O cenário bicolor, os sons zoantes (estridentes) das gaitas, cornetas, buzinas são a melodia do ritual, que daqui a pouco vai começar. Hoje é dia de ver jogo! Assim obriga o ritmo da cidade, onde a ausência de alternativas é cunho certo. Mas mais do que reparar nos gestos evidentes (pouco originais) e na dinâmica estandardizada destes dias de Copa, percebe-se o padrão social que incentiva ao futebol.
As agências bancárias fecham das 11h30 às 14h30. A maioria das lojas de rua e dos shoppings fecham no horário da partida. As repartições públicas “de acordo com o Decreto nº47.265, assinado pelo prefeito Gilberto Kassab, hoje, o expediente nas repartições públicas municipais será interrompido das 11h às 15h”.
Nas escolas da rede municipal, o esquema das aulas será estabelecido pelas respectivas directorias. As Unidades Básicas de Saúde fecham às 11h e reabrem às 15h. (Atenção: que ninguém fique doente durante este período!).
Mais: os mercados municipais fecham às 12h e reabrem após o jogo. Entretanto, “o mercadão funciona normalmente e ainda terá quatro telões para quem quiser assistir à partida no local”. Os cinemas cessam as sessões à hora de almoço. De resto, muitas empresas concederam o dia livre aos funcionários para poderem assistir ao jogo. Outras, dispensam durante os 90 minutos futebolísticos.
É mesmo assim, em dia de futebol tudo muda na cidade - fica em silêncio absoluto no período da partida. As ruas mergulham no estático sossego dos ecos das cornetas de som dissipado e longe. Até que o Brasil marque o primeiro golo! E o estridente soar do rubro volte a lotar as ruas.
Mais: os mercados municipais fecham às 12h e reabrem após o jogo. Entretanto, “o mercadão funciona normalmente e ainda terá quatro telões para quem quiser assistir à partida no local”. Os cinemas cessam as sessões à hora de almoço. De resto, muitas empresas concederam o dia livre aos funcionários para poderem assistir ao jogo. Outras, dispensam durante os 90 minutos futebolísticos.
É mesmo assim, em dia de futebol tudo muda na cidade - fica em silêncio absoluto no período da partida. As ruas mergulham no estático sossego dos ecos das cornetas de som dissipado e longe. Até que o Brasil marque o primeiro golo! E o estridente soar do rubro volte a lotar as ruas.
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