domingo, outubro 28, 2012
bilan, o músico
Companheiro de viagem, habitante de um país inventado chamado spera mundi, um músico talentoso. Para conhecerem o trabalho dele podem ir diretamente ao my space e, ainda, "descarregar", gratuitamente, um trabalho que ele fez, ao vivo, com Madou Sidiki, "Sur Le Niger".
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quarta-feira, outubro 24, 2012
Receita anti-crise para elevar o nível de otimismo
Entre a minha amada Piauí de Outubro, fresca, carnuda, cheirosa, que sempre me oxigena as ideias e a prosa- e trazida pelo casal maravilha, que por acaso são duas pessoas também amadas, a Tânia e o Alfredo-, "A Grande Arte" do Rubem Fonseca, que num irracional ato de quem sucumbe ao materialismo da literatura, mas continua sem euros que se aproveite na conta bancária, entrou-me pela mala dentro; "O Livro Amarelo do Terminal Rodoviário", de Vanessa Bárbara (Cosac Naify, 2008), prémio Jabuti de livro-reportagem no mesmo ano; os "Sinais" do Fernando Alves, na TSF, e os vídeos do Philip Bloom e do NewsShooter, posso dizer que tenho encontrado a fórmula anti-crise, para enganar as rugas do pessimismo, dando um "up", claro, na minha percentagem diária de otimismo. E, quem sabe, manter um certo garante mensal, com ideias, também elas, novas, frescas, oxigenadas, carnudas, cheirosas.
Bem sei que é uma combinação bastante egoísta, personalizada, egocêntrica, narcísica, enfim, massagem intelectual, autista, mesmo, mas ao menos consigo, com estes entorpecentes ao modo Laranja Mecânica, entreter-me, como quem, na realidade, prepara, a partir desta arte da guerra, com cultura, o modo de derrubar governos para lá de incompetentes. Sei que me engano a mim própria, mas na impossibilidade de mudar o curso das coisas, posso, nesta mágica quase quântica, sentir-me mais forte, útil, e fortalecida, para os tempos ainda mais difíceis que aí vêm. E, quando voltar a emigrar, assim espero, terei, certamente, investido o tempo pessoal, como deve ser, para fazer do meu mundo ao redor, inventar um país, quem sabe, um lugar ainda mais habitável.
quinta-feira, outubro 11, 2012
Brigada de resistência
É preciso voltar às brigadas de resistência, meus amigos. Poderão tentar humilhar-nos, usurpar-nos direitos e liberdades, colocar-nos mordaças, rasgarem-nos os bolsos e encostarem-nos à parede com assédios morais e tortura psicológica. Mas nunca nos tirarão a dignidade, a lucidez, a espinha hirta, a generosidade, a independência e a autonomia. Continuamos a criar, a sonhar, a defender a natureza de nós. A democracia foi sequestrada, saqueada, enforcam-na, os ditadores andam a monte. E o Jornalismo meus caros, só não está morto porque há resistência, somos marginais, mas não vendemos a alma à mediocridade, ao Jornalismo de coisas giras. Um jornal alegadamente de referência, a atirar à queda de grandes nomes da democracia, está a sepultar a própria cova. Começou, pois, oficialmente, a lavagem cerebral. Cuidado redobrado com os editoriais do pasquim. Temo que seja propaganda ruidosa. E, no meio disto, estou triste. Um grande amigo e com quem muito aprendi neste ofício de escrevedores de atualidade, o Jorge Marmelo, está na operação de limpeza do jornal PÚBLICO. Estou triste, muito triste. Ninguém merece esta tortura. Ele não merecia e muito aguentou. Desejo que seja o início de um ciclo bem melhor. É um grande jornalista. É um grande escritor.
preliminares da terra fria
Ficar sem rede e internet, durante 3 dias, no meio de aldeias que respiram medievais ares de comunitarismo e nos convidam a entrar em casa para um Folar, uma conversa, um vinho, castanhas e pão é dos maiores tesouros. A terra fria é uma casa. A terra fria é feita de filhos raianos, terra de gente bo.
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