(Prisão de segurança máxima de Bangu, Rio de Janeiro, ala feminina, onde a ONG Afroreggae desenvolve projectos sócio-culturais. Foto e texto: Vanessa Rodrigues, Novembro de 2010)
Estamos em guerra, ouvimos as vozes a bradar todos os dias como tambores: ordens, disciplina; condenadas por crimes que não cometemos. Baque-tuque. Tum! Isso é um estado de guerra, lenta, desgastante, porque por dentro estamos em pólvora, rastilho, estilhaços. Clip!
Estamos em paz, porque a rufar tambores, no tribal embalo da percurssão, da batucada, a paz vem, tangendo cá dentro, vibrando como terramoto, mexendo nas estruturas das nossas trincheiras. A paz vem porque o rufar desta vibração é anestesia, calmante, contrapropaganda e bandeira branca...
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