"Ao sugar, refratar, enganar ou rejeitar o olhar, as obras produzem reflexão. São objetos em transição, que existem no tempo, dependem da duração da percepção do espectador para 'funcionar', como os espelhos côncavos que, um diante do outro, distorcem e repudiam a visão de quem os olha, expelindo as imagens para fora da sua superfície. São o contrário do reconhecimento. A reflexão não vem do reconhecimento. Vem da dúvida".
Excerto da crónica "Tropeçar na Verdade"- Bernardo Carvalho, publicada hoje na "Folha de São Paulo"
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