De manhã estava de tacão alto, maquilhada e calcorreva por entre os barulhos de trânsito e restaurantes requintados.
Ao fim do dia, calcei as sapatilhas, vesti calças de ganga coçadas e levei o meu olhar para vivenciar um sarau literário na zona sul de São Paulo - naquela que é considerado uma das áreas mais perigosas e degradadas da cidade de São Paulo. A verdade é que perigoso perigoso são as palavras que lá disseram. Quando as pessoas se põem a pensar é isso que dá - talvez para tirar a máscara de muitos estereótipos que nos fazem engolir. "Aqui o silêncio é prece" e "as palavras quebram vidraças".
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